domingo, 29 de março de 2009

Tratado de Tordesilhas

Este é apenas um texto informativo, a próxima postagem virá com a continuação do tópico anterior.
A expansão marítima portuguesa e espanhola foi seguida por inúmeras petições (pedidos ou solicitações dentro de formalidades legais) à Igreja com o objetivo de proteger o acesso aos metais preciosos, ás especiarias orientais e às oportunidades do Oriente.
Portugueses e espanhóis obtiveram como resposta às suas petições uma série de bulas papais (documentos emitidos pelos papas de caráter internacional e oficial) que lhes concediam o monopólico no mar Oceano. Dentre esses documentos destacaram-se a bula “Aeterni Regis” de 1481. Em 1494, o rei lusitano opõe-se á ultima concessão papal e exige novas negociações. Um acordo é alcançado em junho daquele ano, por meio do tratado de Tordesilhas.
Esse documento, assinado entre os dois governos na cidade de Tordesilhas, garantiu à Coroa portuguesa as terras que viessem a ser “descobertas” até 370 léguas a oeste do arquipélago de Cabo Verde. Pode-se dizer que tal tratado permitiu moderar a disputa entre os países ibéricos. Mas, quando outros países entraram na corrida marítima, ele não teve qualquer poder para detê-los. Francisco I, rei da França, observou ironicamente: “Gostaria muito de ver no testamento de Adão a passagem em que ele divide o Novo mundo entre meus irmãos, o imperador Carlos V (da Espanha) e o rei de Portugal”. Em meados do século XVI, o ministro William Cecil (1520-1598), do governo da rainha Elizabeth I, advertiu o embaixador da Espanha de que “O papa não tinha direito de fazer a partilha do mundo e de dar e tirar reinos a quem bem entendesse”.

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