sábado, 28 de março de 2009

Continuação...

Apesar de sua curiosidade, os europeus temiam o desconhecido. Detentores de poucas técnicas náuticas e aterrorizados pelas histórias de monstros marinhos, os navegadores também estavam cientes das dificuldades de comunicação.
Outro problema era a insuficiência de mapas cartográficos. A cartografia da época entrava em contradição com a da Antigüidade Clássica, uma vez que gregos e romanos, por exemplo, tinham confeccionado mapas muito mais preciosos do que os homens medievais. Dentre as obras que sobreviveram à ação do tempo destacou-se o trabalho de Ptolomeu, cujas cartas foram utilizadas por Cristóvão Colombo (1451-1506) em seu projeto de navegação.
Esse, portanto, foi um dos motivos responsáveis pelo atraso no inicio da expansão marítima, que se deu somente a partir do século XV.
Até a assinatura do Tratado de Tordesilhas (1494), a cartografia do Velho Mundo praticamente se baseava nas teorias de Ptolomeu. O conhecimento cartográfico, a partir do século XV, passou a significar poder e múltiplas vantagens para os Estados nacionais,como no caso dos portugueses, que no final do século XV lideraram a confecção de mapas. O conhecimento cartográfico era segredo de Estado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário