sábado, 21 de março de 2009

O Renascimento

As influências da era medieval ainda eram significativas sobre o pensamento do homem quando este abriu as portas do mundo moderno a partir de exigências políticas, sociais, e econômicas emergentes.
A idade Média fora um período de extrema religiosidade, no qual Deus estava no centro das preocupações. Assim, as influências medievais mostraram-se especialmente fortes no terreno religioso. Muitos humanistas viam-se como bons cristãos servos obedientes da Igreja de Roma – ou das igrejas reformadas, após a ruptura conduzida pelo alemão Martinho Lutero. Mas também reivindicavam o direito de pensar de maneira crítica e de manifestar suas idéias livremente, isto é, sem a passividade que se esperava dos homens diante das estruturas religiosas e sociais do período feudal, declaradas imutáveis e sagradas. Seguindo esse pensamento os humanistas achavam que o homem devia ser dotado de Virtù, expressão definida pelo pensador e político florentino Nicolau Maquiavel como um homem obstinado por liberdade. Seu desejo possibilitaria que ele manipulasse o seu destino, que agora não mais encontrava nas mãos de Deus, mas nas suas próprias. Isso significa que o humanismo e o Renascimento foram produtos das expectativas e das aspirações de homens ávidos por uma nova ordem e se traduziram num processo de secularização. O homem passou a se ver como a medida de todas as coisas e se propôs, a partir de sua própria consciência, a construir um novo tempo.

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