segunda-feira, 23 de março de 2009

A trajetória de uma idéia

Vantagens comerciais decorrentes de posição geográfica, a existência de um grande número de unidades políticas independentes e o desenvolvimento manufatureiro permitiram que o norte da Península Itálica fosse a região precursora do movimento renascentista. Aos fatores mencionados, somam-se a presença de uma tradição clássica muito forte, graças ao seu passado com centro do Império Romano, e a influência dos bizantinos, que se fixaram na península para escapar aos ataques dos turcos contra Constantinopla. Outro elemento importante foi o papel desempenhado pelos mecenas: papas, cardeais, príncipes ou ricos mercadores que, movidos pela ambição, pela busca de popularidade e poder, passaram a contratar os serviços dos artistas e se tornaram os grandes incentivadores da cultura italiana.
Os mecenas souberam escolher: alguns de seus protegidos realizaram obras que desafiam os séculos, vendo o homem como parte da natureza e buscando proporções naturais entre a formas humanas e o meio circundante.
Em suas pesquisas, Leonardo da Vinci evidenciou sua preocupação com a anatomia humana e a necessidade de conceber as imagens por meio do rigor matemático. Michelangelo (1475-1564), arquiteto, pintor e escultor emprestou a beleza e a força da herança greco-romana a personagens bíblicos. E Rafael expressa, em suas Madonas, a harmonia e a serenidade do classicismo renascentista.
A partir do século XV, a cultura renascentista saiu da Itália e se espalhou por outros países, apresentando características tais como: classicismo, hedonismo, naturalismo, antropocentrismo e racionalismo.

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