quarta-feira, 8 de abril de 2009

Continuação...

O conflito entre Roma e a burguesia mercantil, por sua vez, esteve ligado à oposição eclesiástica á usura, isto é, ao pagamento de juros nos empréstimos. A Igreja propunha, em vez disso, a Teoria do Justo Preço, segundo a qual era estabelecido um limite para os lucros dos comerciantes.
Como era previsível, os fatores imediatamente associados à proposta de reforma religiosa diziam respeito ás práticas da Igreja Católica: a venda de indulgências para o perdão dos pecados, as negociatas em torno dos cargos religiosos,o despreparo e a vida desregrada de muitos sacerdotes tornavam-na alvo de criticas de grande impacto popular.
Na esfera teológico-filosófica, estavam em confronto duas propostas. De um lado o Tomismo, doutrina do teólogo italiano São Tomás de Aquino, adotada oficialmente pela Igreja Católica, e que tentava conciliar o cristianismo com a teoria do livre-arbítrio; do outro lado, as concepções de Santo Agostinho (354-430), doutor da Igreja nascido na África romana, que pregavam a predestinação e a fé. A doutrina agostiniana serviria de base para a Reforma Protestante.

Nenhum comentário:

Postar um comentário