sexta-feira, 1 de maio de 2009

Reforma e revolução

Lutero tinha expectativas de que a nobreza alemã abraçasse a religião reformada e pusesse em pratica suas concepções. Havia, porém, outros setores comprometidos com a Reforma, mais radicais do que os príncipes: os cavaleiros e as massas camponesas reunidas em torno da seita dos anabatistas. Este grupo admitia apenas o batismo dos adultos, pois as crianças não tinham maturidade para optar. Mas sua proposta de maior apelo popular era o retorno ao igualitarismo do tempo dos apóstolos, com a partilha das riquezas e especialmente da terra.
A radicalização desses grupos não tardou. Já em 1523 ocorreu a revolta dos cavaleiros. Integrantes da pequena nobreza empobrecida, eles não possuíam terras ou prestigio social. Pregavam a melhor distribuição das rendas e a diminuição do poder político da alta nobreza. Motivados pelas idéias luteranas, que criticavam a riqueza do clero, invadiram as propriedades eclesiásticas e dividiram-nas com os camponeses. Lutero condenou as ações radicais feitas em seu nome e apoiou os grandes senhores na luta contra os cavaleiros, declarando que as reformas deveriam partir da alta nobreza e que ela deveriam ser entregues as terras da Igreja Católica, após o movimento reformista.

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